O Blog "Mundo Interior"

Blog criado pelo grupo de trabalho “Mundo Interior” , constituído por alunos de Área de Projecto do 12.º ano de escolaridade, agrupamento de Ciências e Tecnologias, na escola Secundária de Odivelas, área curricular leccionada pelo professor João Ramalho. Somos um grupo de trabalho constituído pelos alunos Ana Lopes, Bruno Ferreira, Carla Peres, Rodrigo Martins e Vanessa Albino que adoptou como sua designação “Mundo Interior” após ter escolhido como tema de trabalho o Autismo e Perturbações do Desenvolvimento das Crianças.
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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cavalo – um amigo, um meio de evolução

Desde o início do nosso projecto que idealizámos a equitação como um dos métodos terapêuticos a integrar no Centro Mundo Interior, por ter resultados muito interessantes para os vários tipos de perturbações de desenvolvimento e pelo seu aspecto mais lúdico e relacional, que em muito contribui para os progressos que possibilita.
As técnicas da APCL abriram-nos as portas no Hipódromo de Lisboa (que visitámos dia 18 de Fevereiro), onde trabalham não só com crianças com paralisia cerebral mas também com crianças autistas. Aí, explicaram-nos as vertentes do que designávamos por hipoterapia e o modo como esta poderia ser facultada aos utentes do nosso centro, em parceria com a referida instituição.
Ficámos a saber que a metodologia terapêutica que inicialmente tínhamos estudado, a hipoterapia, não se aplicava a crianças com Síndrome de Kanner. Podemos, deste modo, definir três âmbitos concretos no que respeita à equitação: o desporto – equitação desportiva (adaptada ou não), o desenvolvimento neuromotor – hipoterapia, e o desenvolvimento psicomotorequitação terapêutica ou volteio educacional; sendo que é este último o que mais intimamente se relaciona com as necessidades inerentes ao Autismo.
O passo do cavalo, movimento tridimensional, permite uma intervenção ao nível motor bastante importante, no entanto as vertentes cognitiva e comunicacional do volteio educacional são as que apresentam mais benefícios para as crianças autistas, permitindo o ajuste da sua noção de perigo, o trabalho da atenção e da concentração e a diminuição das defesas tácteis, que muitos dos jovens apresentam. O aparelhamento do cavalo e a limpeza do animal também são actividades incluídas na equitação terapêutica.
Não obstante, existe muito mais a dizer sobre esta metodologia, não só sobre o modo como se processam as secções, mas também relativamente às mais-valias que estas representam, para além do que acima foi mencionado, tendo a nossa visita ao centro hípico sido uma experiencia muito enriquecedora.
Gostaríamos, assim, de agradecer publicamente à Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (APCL) todo o auxílio que nos foi prestado na elaboração do nosso projecto e, em particular, à Terapeuta Paula Caniça, que nos acompanhou em nome da instituição, mostrando-nos o mundo da equitação com fins terapêuticos.

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